BERLIM, O CERCO FINAL
Berlim, 1945. Forças soviéticas investem contra os últimos redutos da defesa alemã, que insiste em não se render. A batalha segue rua a rua, casa a casa, em violentas e sangrentas lutas corporais. As mulheres alemãs são impiedosamente estupradas, conforme relatado no livro anônimo “Uma mulher em Berlim”. Na guerra, a vida e a dignidade da pessoa humana são desprezados, restando a violência, a dor, o caos. A cidade está praticamente destruída, tanto pelo avanço soviético por terra, como pelos incessantes bombardeios dos caças americanos.
Há treze anos
antes, em 1932, Berlim era uma das cidades mais livres e democráticas do mundo.
Marlene Dietrich cantava o “Anjo Azul”, na elegante avenida Alexanderplatz e
Thomas Mann saboreava o seu prêmio nobel de literatura, à sombra das árvores da
avenida Unter den Linden.
Em 1933, tudo
muda com a chegada de Hitler ao poder, diante dos comunistas alemães, principal força política de oposição à época, confusos e
divididos. Ainda neste mesmo ano, eles cantavam pela última vez a
“Internacional", pelas ruas de Berlim. A guerra custaria a morte de 50 milhões de pessoas, a
maioria, civis inocentes, e deixado uma Europa e parte do mundo em ruínas.
Finalmente, os
alemães caem em Berlim. As forças soviéticas ocupam a cidade. Ana Pavlovna, uma bela enfermeira russa, controla o trânsito, no
portão de Brandemburgo. Em meio aos escombros, à fumaça e a névoa do inverno
europeu, a bandeira vermelha é hasteada no alto do Reichstag, sede do outrora governo
de Hitler.
Em Paris,
soldados das forças aliadas, incluindo os das colônias francesas e britânicas, são
ovacionados, com a multidão em festa, ocupando a Champs - Elysées. Era o fim da
segunda grande guerra.
Erivan Santana
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