quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

 


BERLIM, O CERCO FINAL

 

Berlim, 1945. Forças soviéticas investem contra os últimos redutos da defesa alemã, que insiste em não se render. A batalha segue rua a rua, casa a casa, em violentas e sangrentas lutas corporais. As mulheres alemãs são impiedosamente estupradas, conforme relatado no livro anônimo “Uma mulher em Berlim”. Na guerra, a vida e a dignidade da pessoa humana são desprezados, restando a violência, a dor, o caos. A cidade está praticamente destruída, tanto pelo avanço soviético por terra, como pelos incessantes bombardeios dos caças americanos.

Há treze anos antes, em 1932, Berlim era uma das cidades mais livres e democráticas do mundo. Marlene Dietrich cantava o “Anjo Azul”, na elegante avenida Alexanderplatz e Thomas Mann saboreava o seu prêmio nobel de literatura, à sombra das árvores da avenida Unter den Linden.

Em 1933, tudo muda com a chegada de Hitler ao poder, diante dos comunistas alemães, principal força política de oposição à época, confusos e divididos. Ainda neste mesmo ano, eles cantavam pela última vez a “Internacional", pelas ruas de Berlim. A guerra custaria a morte de 50 milhões de pessoas, a maioria, civis inocentes, e deixado uma Europa e parte do mundo em ruínas.

Finalmente, os alemães caem em Berlim. As forças soviéticas ocupam a cidade. Ana Pavlovna, uma bela enfermeira russa, controla o trânsito, no portão de Brandemburgo. Em meio aos escombros, à fumaça e a névoa do inverno europeu, a bandeira vermelha é hasteada no alto do Reichstag, sede do outrora governo de Hitler.

Em Paris, soldados das forças aliadas, incluindo os das colônias francesas e britânicas, são ovacionados, com a multidão em festa, ocupando a Champs - Elysées. Era o fim da segunda grande guerra.

Erivan Santana




 

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