sábado, 13 de maio de 2023

 

À SOMBRA DA MEMÓRIA

 

À sombra da memória o

tempo é infinito e onipresente.

Lembra, mãe, daquela manhã

em que caminhávamos entre

fatos e fotos, alegria, alegria e a banda?

Olhava para o horizonte

com entusiasmo e confiança

mas sobretudo, coragem necessária

à vida, que tanto nos ensinou,

até que um dia, “o globo no ar”

anunciou a redemocratização do país.

Também não me esqueço dos

livros que nos trazia, entre eles,

um certo poeta chamado Castro Alves...

A história continua: caminhemos!



 


Na foto, eu,(lado direito), meu

irmão e minha mãe, Zeunice


Erivan Santana é professor, cronista e poeta. 

Autor de Para ler um poema, Balada da misericórdia 

na primavera e o mais recente livro de crônicas,

Tempos Sombrios: Instantâneos da Realidade (2ª ed.)

 

 


terça-feira, 9 de maio de 2023

 


 

SOB AS NÉVOAS DA GUERRA

 

Naqueles dias, a história era escrita com

Dor, sangue, morte e destruição

Stalingrado resistia ao cerco final

Em um cenário medonho e aterrorizante

 

Meu Deus, quantas vidas perdidas

Quanta destruição, quantos sonhos interrompidos

Sob a espada do irracionalismo mais brutal

 

Nas últimas horas do apocalipse

O exército vermelho entrou em Berlim

Anna Pavlovna dirigia o trânsito

No portão de Brandemburgo

 

Em Paris, De Gaulle anunciava

A libertação da pátria ocupada

Num rito de incrédula esperança

 

Numa Londres envolta no martírio

E na névoa do medo e do desespero

A pequena Rose escrevia FIM

Era 13 de maio de 1945.

 

E/Santana. In: Balada da misericórdia na primavera, 2022




 

 

 

 

 




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