Meu caro amigo, Chico
A coisa por aqui está preta, ou melhor dizendo, o Brasil está queimando, com o Pantanal Mato-Grossense e a Amazônia em chamas. É triste, é penoso ver os animais buscando salvação, desorientados, sem entender o que está acontecendo, com muitos deles morrendo, e com registros também de perdas de vidas humanas, em sua grande maioria, voluntários e bombeiros tentando conter os incêndios. E o mais desolador é constatarmos a ausência de políticas públicas de proteção e preservação ambiental para o país. Voa pintassilgo, voa pintaroxo, uirapuru, foge asa-branca, se esconde macaco-prego, onça pintada, que o bicho homem vem aí.
Somado com a pandemia
do covid 19, o cenário é assustador. Todos os dias, despertamos com a esperança
do anúncio da chegada da vacina, e embora algumas estejam em estágio avançado,
como a da Rússia e a de Oxford, ainda não estão disponíveis para a população.
Ah, mundo, vasto mundo,
como diz aquele poeta, quanto aprendizado, hein? No final das contas, estamos
descobrindo os reais valores da vida. Países ricos, como os europeus e os EUA, estão
desesperados sem ter muito o que fazer, milionários querendo viajar e gastar
suas fortunas, enquartelados em suas casas e mansões, carros caros guardados em
garagens, sem poder sair. Quanto a isto, e com a produção industrial em queda,
o meio ambiente agradece.
Verde que te quero ver,
quero mais é ar para respirar, deixando os cachorros por perto, que aliás,
estão a perguntar: “O que os humanos fazem, que não largam estas focinheiras?”
O momento é para agradecer,
perdoar e não se esquecer do verbo
“amar”; aliás, fazendo jus à geração dos anos 60, redescoberta neste momento,
coloque um lembrete destes na porta da geladeira, e viva a contracultura!
Bom dia, gratidão, vida! Um abraço, meu caro amigo, lembranças à Cecília, e às crianças, cuide-se bem, até a próxima, adeus!
ERIVAN SANTANA. Teixeira de Freitas-BA, Primavera, Setembro de 2020
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